QUE O PASSO DADO SEJA UM NOVO COMEÇO

LUCAS AREDES
SEMINARISTA

Impulsionados pelo chamado de Jesus Cristo, lançamo-nos a navegar no grandioso mar da vocação! O próprio Cristo, ao responder a pergunta “Mestre, onde moras?” (cf Jo 1, 38b) realizada pelo discípulo, apresenta a todos o convite para que venham fazer a experiência de descobrir onde Ele está. 
O processo formativo da vocação presbiteral inicia-se desde o desejo vocacional que amadurece nos corações de nossos jovens! É tempo de graça, oração e escuta do Senhor que se permite encontrar diante de cada realidade juvenil e no convite de, como verdadeiros discípulos, “avançar para águas mais profundas”. (cf Lc 5,4)
A Igreja no Brasil em conformidade com o Documento nº 93 da CNBB, que estabelece as diretrizes para a formação presbiteral, apresenta a formação para o sacerdócio ministerial em três etapas: o propedêutico, a filosofia e a teologia.
            Cada etapa formativa é importantíssima para o candidato ao sacerdócio. O propedêutico, o primeiro ano da formação, consiste em preparar bem para os estudos futuros da filosofia e teologia. Não apenas os estudos, mas em estimular o formando no ciclo do trabalho e da oração.
 É missão também da comunidade propedêutica estimular o seminarista a viver em comunidade, a criar responsabilidades individuais e coletivas para o bem comum uns dos outros tendo como fim o bem da Igreja e da diocese. Nisto consiste a dimensão do trabalho.
Os estudos são essencialmente fundamentais. Não pode servir bem aquele que não se prepara bem para o serviço. A proposta do seminário é que o estudo seja buscado pelo interesse próprio, não como uma maneira imposta. Um propedêutico bem feito reflete nos estudos filosóficos e teológicos.
A oração e a dimensão espiritual são pontos altos da formação. O padre é o homem da oração. O propedêutico ajuda o seminarista a adentrar-se numa vida de oração e intimidade com Deus. Pela oração Deus nos fala e falamos com Ele. O próprio Papa Francisco afirma que “a vocação nasce na oração e só se sustenta por ela”.
De fato, consiste neste primeiro ano de formação introduzir o jovem no coração da Igreja, que é Mãe e Mestra, mas também estimular o formando à busca de sua vocação. Seja este ano um ano de dedicação, de perseverança e, sobretudo, de confiança em Deus, pois a graça divina é o que conduz a vocação.

São sábias as palavras de Dom Helder Câmara diante a experiência da confiança plena em Deus que  “há uma graça em começar. Há uma graça em terminar, mas a maior graça é a de nunca desistir!” Por mais árdua que seja a caminhada, tenhamos em mente o primeiro amor que nos impulsiona: a vocação sacerdotal e a dedicação a Jesus Cristo e a sua Igreja.

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